Balanço positivo a todos os níveis

O Team CRN/Motofundador terminou a sua participação no Campeonato Nacional de Enduro há dias, sendo esta época a maior formação presente com um piloto em cada Categoria.
Com a época nacional terminada impõem-se fazer um balanço que Tozé Martins, director da equipa vimaranense, não hesita em afirmar que é: “Positivo a todos os níveis, no qual só não conseguimos melhor pelo facto de uma estrutura como a nossa precisar de mais tempo para atingir o ponto de maturação certa. Estou convencido que no próximo ano o alcançaremos”, começa por adiantar, prosseguindo: “Foi um ano cheio de emoções, entre alegrias e momentos menos bons, de boa harmonia, de muitos esforços por todos os envolvidos, desde os pilotos, departamento técnico, preparação técnica e mecânica, logística e direcção da equipa. Nesta altura, não posso deixar de agradecer a todos os patrocinadores: YAMAHA MOTOR PORTUGAL, BANCO CETELEM, POLISPORT, HALCON Viagens, POCARGIL, REGISBRAGA, HJC-HELMET. Em particular e em concreto também aos dois maiores: MOTOFUNDADOR e CRN-Jeans pelo esforço dispendido”.
Como já se disse, esta foi a maior equipa presente no Campeonato Nacional e por isso não foi fácil coordenar tudo: “Foi trabalho acrescido! Obrigou a uma logística enorme, como devem calcular, dirigir uma equipa com dois pilotos seria bem mais fácil e menos custoso do que com seis. Cada um deles é especial à sua maneira, (embora todos diferentes) e satisfazer todas as suas necessidades e vontades enquanto pilotos não é tarefa fácil. Mas com humildade, empenho e dedicação entre ambas as partes conseguimos atingir esse objectivo”, esclarece também Tozé Martins.
Como se advinha facilmente, colocar a correr seis pilotos em simultâneo obriga a um orçamento elevado, sobretudo numa formação onde se quer proporcionar as melhores condições como foi o caso. No entanto, os apoios não foram o desejado: “Ficam sempre aquém do esperado. Cobriram somente uma parte do orçamento inicial. Sabemos que a vontade dos patrocinadores é muita, mas como sabem a crise financeira afecta todos e como tal o orçamento inicial foi largamente ultrapassado. Também pesou o facto de termos optado por disputar o Campeonato do Mundo, só possível pelo tremendo esforço financeiro efectuado pela CRN-Jeans e MOTOFUNDADOR”.
Mas falemos agora de resultados desportivos. Neste capítulo Tozé Martins, considera que: “São razoáveis. Não escondo que sonhei com mais, mas também constatei no terreno, ou seja nas provas, que não basta só treinar e ter os melhores acessórios disponíveis para as motos. Existe o factor sorte que é muito importante e nós não a tivemos, principalmente o piloto Pedro Enes na classe Elite 1”.
Apesar da época portuguesa em termos de Enduro estar terminada, a actividade do Team CRN / Motofundador não se fica por aqui este ano: “Vamos ter ainda o piloto Pedro Enes nas duas ultimas provas do Campeonato do Mundo de Enduro, a disputar na Eslováquia e França. Para além disso vai ainda participar no restante Campeonato Espanhol e algumas provas de Supercross. Os restantes cinco pilotos entram em época de defeso, recuperando e preparando-se para a próxima temporada”.
Quando ao futuro, Tozé Martins ainda não quer adiantar muito: “Os projectos ainda estão a ser estudados, e como tal, para já, é prematuro revelar. Na altura certa comunicaremos”.

André Fernandes vence. Pedro Enes e Rui Oliveira no pódio

Enduro de Tomar – 6.ª Prova do Campeonato Nacional

André Fernandes levou a melhor no Enduro de Tomar, na Categoria Nacional 1, prova disputada no fim-de-semana, e que assinalou o final do Campeonato Nacional da modalidade.
Foi o melhor resultado do piloto do Team CRN /Motofundador esta temporada, encerrando assim da melhor maneira a época. André Fernandes, que já tinha ido algumas vezes ao pódio este ano, desta vez ocupou o lugar mais alto: “No primeiro dia fui o segundo classificado, mas entrei mal e perdi logo 15s para o mais rápido. Ainda tentei recuperar, mas já não foi possível. No segundo dia, andei bem em todas as especiais, com excepção da «Extreme», mas como já tinha ganho uma boa vantagem deu para vencer o dia e à geral”, explicou o piloto que ficou com a terceira posição no campeonato, perdendo o segundo por apenas um ponto: “Foi muito bom e provei que sem azares também sou capaz de discutir vitórias”.

Na Categoria Elite 1, Pedro Enes terminou a jornada e a época com um terceiro lugar, posição que ocupou nos dois dias e também no final do Campeonato: “No primeiro dia estive um pouco tenso, isto porque motivos pessoais apenas me permitiram ver as Especiais a correr o que não é
comum. Como o piso é escorregadio, apenas na última volta fiz bons tempos. No segundo dia, as coisas começaram mal, mas depois recuperei e andei bem ao longo do dia. Só que, numa especial a mota foi abaixo, perdi algum tempo e fui terceiro”.
Na Elite 2, Alexandre Mendes terminou esta prova com um quinto lugar em termos gerais, depois de ter sido quarto no primeiro dia e sexto no segundo: “No primeiro dia as coisas correram dentro do esperado, mas no segundo tive alguns percalços e perdi algum tempo”, explicou o piloto que terminou a época no quarto lugar.

João Vieira, não teve uma jornada muito feliz, pois em termos gerais foi o sétimo posicionado na Categoria Nacional 2, depois de no primeiro dia ter sido oitavo, e no segundo, sétimo. O piloto não se deu muito bem com o piso das especiais desta prova, mas ainda foi a tempo de ser o quinto da classificação geral da sua Categoria.
Passando aos Verdes, na 125 2T / 250 4T, Rui Oliveira começou a prova com um sexto lugar, mas depois melhorar e ser quarto. No somatório conseguiu o derradeiro lugar do pódio: “Acho que fui um pouco inconstante, embora pense que desta vez fiz tempos ao nível dos mais rápidos e isso deixa-me satisfeito, porque mostra que sou capaz”, explicou o piloto que ficou em quarto no final da temporada.
Adelino Sousa na Verdes +175 2T / + 250 4T, outro piloto que não gostou das especiais desta prova de Tomar, foi sexto nos dois dias, dando-lhe o quinto lugar em termos gerais. Em termos globais ficou com o quinto lugar final do Campeonato.

Pedro Enes vence na Figueira da Foz

Pedro Enes conseguiu mais um triunfo na penúltima jornada doCampeonato Nacional de Enduro, na Categoria Elite 1, prova que tevelugar na Figueira da Foz.Foi a segunda vez esta temporada que o piloto do Team CRN/Motofundador subiu ao lugar mais alto do pódio depois de já o terfeito em Vale de Cambra. Desta vez, Pedro Enes foi mais feliz no segundo dia que no primeiro, pois aqui foi o quarto classificado: “No primeiro dia afinámos a mota para especiais com muita tracção, ou seja, com umacurva de potência mais agressiva. Não foi uma escolha acertada e por isso optámos por voltar à forma inicial. No segundo dia as coisas já foram diferentes, pois consegui vencer”, esclareceu o piloto que ainda continua na luta pelo título nacional, embora apenas com possibilidadesmatemáticas: “Enquanto houver possibilidades vou lutar e quero vencer a prova que falta, para dedicar à equipa, pois o apoio tem sido enorme. Não posso esquecer o Luis Correia e ao Rui Oliveira por tudo o que tem feito por mim”.Na Elite 2, Alexandre Mendes começou a sua participação nesta provacom um quarto lugar, mas no segundo dia as suas prestaçõesmelhoraram, sendo o terceiro mais rápido. Em termos gerais conseguiuassim ser quarto não indo ao pódio por cerca de 26 segundos: “No primeiro dia o resultado foi comprometido pelo facto de ter dado algumas quedas. No segundo, já estive muito forte e as coisas correram bem”, esclareceu.André Fernandes começou por conseguir um terceiro posto no primeirodia da Categoria Nacional 1, mas depois as coisas já não correram tãobem no segundo dia, pois foi quinto, o que lhe deu esta posição em termos globaisAzarado esteve João Vieira, participante na Categoria Nacional 2, pois não conseguiu terminar nenhum dos dias de prova. Problemas técnicos insolúveis na sua mota não permitiram ao piloto lutar por uma boaclassificação nesta jornada.Já nos Verdes 125 2T / 250 4T, Rui Oliveira não esteve muito afortunadonesta prova da Figueira da Foz. No primeiro dia ainda foi o sextoclassificado, mas no segundo, uma queda provocou uma lesão num braço deitando por terra as suas aspirações.Adelino Sousa nos Verdes +175 2T / + 250 4T, não foi além do 13.º lugar no primeiro dia, depois de algumas quedas, mas no segundo, as coisascorreram muito melhor, pois terminou na quinta posição. Em virtude daprimeira classificação, a sua posição final foi a sexta.Tozé Martins, director do Team CRN/Motofundador, considera que, agora que a época está a terminar: “A equipa tem trabalhado bem e osresultados tem surgido, compensando todo o esforço que temos feito,provando que estamos no bom caminho para o futuro”.